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5 de nov. de 2020

DICAS DE FILMES: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - 20 DE NOVEMBRO - Professora Gal

 DICAS DE FILMES: DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - 20 DE NOVEMBRO

Além dos livros, filmes são uma ótima maneira de saber mais sobre História. Neste mês em que se comemora o “Dia da Consciência Negra”, confira 20 filmes que relembra a trajetória da comunidade negra no Brasil e no mundo; são ótimas sugestões de filmes e documentários que retratam a  Temática racial, que discutem temas como o preconceito e a inserção social.


A COR PÚRPURACom direção de Steven Spielberg, o drama A Cor Púrpura revelou Whoopi Goldberg no cinema. Este melodrama mostra Celie (Goldberg), uma adolescente estuprada pelo pai, que engravida e depois é oferecida a outro homem contra a sua vontade. O filme pretende mostrar as dificuldades da sociedade negra no sul dos Estados Unidos, no início do século XX. Durante trinta anos, o espectador segue a trajetória de Celie, até sua emancipação. A Cor Púrpura foi indicada a nada menos que 11 Oscar.


HISTÓRIAS CRUZADAS



Um dos raros filmes recentes que tratam diretamente da questão racial é Histórias Cruzadas. A trama se passa no sul dos Estados Unidos, na década de 60, em subúrbios onde as ricas mulheres brancas tinham suas casas e seus filhos cuidados por empregadas negras (representadas em especial por Octavia Spencer e Viola Davis). A situação muda com a chegada de uma jovem branca (Emma Stone), com ideias progressistas, que pretende dar voz às empregadas domésticas. O filme foi um sucesso no Oscar e recebeu críticas positivas, mas despertou certa polêmica por sugerir que a comunidade negra só consegue se emancipar com a ajuda dos brancos.


MALCOLM X



Uma matéria sobre a Consciência Negra dificilmente poderia ter apenas um filme de Spike Lee: Malcolm X é outra produção de destaque deste diretor, retratando a história do líder negro islâmico (interpretado por Denzel Washington), que prega durante a maior parte da sua vida a intolerância contra os brancos. Além deste filme, vários outros títulos do cineasta merecem ser lembrado, como A Hora do Show (2000), uma crítica feroz à representação dos negros na mídia, e Febre da Selva (1991), sobre os amores inter-raciais.


A NEGAÇÃO DO BRASIL



Levando a questão racial à cultura brasileira, um excelente filme sobre o tema é A Negação do Brasil. O documentário analisa a maneira como os negros são representados nas telenovelas brasileiras, geralmente em papéis inferiores e estereotipados. O diretor também mostra como a imagem do negro foi evoluindo na televisão ao longo das décadas, usando o exemplo de novelas famosas como Beto Rockfeller (1968), A Gordinha (1970), Meu Rico Português (1975) e outros. Confira abaixo uma cena extraída da novela Antônio Maria (1968), na qual um homem branco afirma, ao defender sua empregada doméstica: “Que importa que ela seja de cor, se a alma dela é branca e pura?”.


“12 ANOS DE ESCRAVIDÃO” (2014)


Vencedor do Oscar de 2014 de melhor filme, “12 Anos de Escravidão” é baseado na autobiografia de Solomon Northup, um homem negro e livre que vivia no estado de Nova York no século 19 e que acaba sendo raptado por vendedores de escravos que o levam para o sul escravocrata. O filme chocou plateias ao redor do mundo e acabou sendo considerado um dos mais realistas por historiadores.

FAÇA A COISA CERTA

 


Talvez o filme mais complexo sobre a questão racial feito até hoje seja Faça a Coisa Certa, de Spike Lee. O diretor, que consagrou a maior parte de sua filmografia à sociedade negra norte-americana, coloca nesta história diversas questões morais relativas ao tema: a dependência econômica dos negros pobres aos brancos ricos, a tendência da formação de guetos, a relação entre o racismo e outras formas de preconceito, o uso da violência para revolucionar a sociedade e muito mais. Samuel L. JacksonMartin Lawrence e John Turturro compõem o grande elenco.

MISSISSIPI EM CHAMAS

 


No sul dos Estados Unidos, durante a década de 1960, vive uma comunidade dividida entre brancos e negros. Três ativistas pelos direitos humanos são assassinados, e dois agentes do FBI (Gene Hackman e Willem Dafoe) vão investigar o caso. O filme despertou polêmica por criticar os cristãos extremistas, como pode se constatar pelo diálogo de um personagem no trailer abaixo: "Nós não aceitamos judeus, porque eles rejeitam Cristo. Nós não aceitamos Papistas, porque eles veneram um ditador romano. Nós não aceitamos turcos, mestiços, orientais ou negros porque estamos aqui para proteger a democracia anglo-saxã, da maneira americana!"Mississipi em Chamas foi indicado a 7 Oscar.

 

QUANTO VALE OU É POR QUILO? 

 


 

O corrosivo filme nacional Quanto Vale ou é por Quilo? questiona não apenas o racismo, mas também as maneiras ineficazes de combatê-lo hoje em dia. A trama alterna entre o passado colonial, com a presença de escravos, e o presente, com diversas ONGs que não colocam em prática a solidariedade que defendem. O slogan exibido no trailer, "Um filme para quem tem fome de verdade", já mostra o caráter crítico desta obra do diretor Sérgio Bianchi. O grande elenco conta com Lázaro RamosZezé MottaCaio Blat e Caco Ciocler.

 

O SOL É PARA TODOS

 


 

Um dos livros mais queridos da cultura americana deu origem a um grande clássico do cinema. Em O Sol É Para TodosGregory Peck interpreta Atticus Finch, um advogado que aceita defender um homem negro, injustamente acusado de estupro. O grande mérito desta história é ser contada pelo ponto de vista de uma criança, no caso, da filha de Atticus, que confere ao filme a capacidade de questionar a sociedade sem preconceitos. A produção recebeu oito indicações ao Oscar, e levou a estatueta de melhor ator.

 

“DJANGO LIVRE” (2012)

 



 

Quentin Tarantino é um amante de filmes de Western Spaghetti, mas quando resolveu fazer o seu próprio longa do gênero, quis criar cutucar algumas feridas. Foi assim que nasceu “Django Livre”, estrelado por Jamie Foxx e Kerry Washington, que segue o roteiro clássico dos filmes de velho oeste, só que invertendo os papéis, colocando o negro como mocinho justiceiro.

 

“ADVINHA QUEM VEM PARA JANTAR” (1967)

 


Meses antes do filme ser lançado, o casamento inter-racial era até mesmo proibido em alguns estados americanos. Por isso, o romance entre um homem negro, John Prentice (Sidney Poitier), e uma mulher branca, Christina Drayton (Katharine Hepbrun) foi a fundo na hipocrisia dos intelectuais americanos, uma vez que os pais de Christina pregavam a igualdade de direitos, mas se mostraram extremamente incomodados quando sua filha assumiu o relacionamento.

 

“AO MESTRE COM CARINHO” (1967)

 


Em “Ao Mestre com Carinho”, Sidney Poitier vive o papel de Mark Thackeray, professor negro vindo da Guiana Britânica que assume uma vaga em uma escola de um bairro pobre de Londres, com alunos rejeitados por outras escolas por comportamento. Dentro de um ambiente hostil, Mark tenta disciplinar seus alunos.

 

“QUERIDA GENTE BRANCA” (2014)

 



Em uma faculdade dominada por brancos, os negros Lionel Higgins (Tyler Williams) e Sam White (Tessa Thompson) conseguem espaço na programação da rádio da escola, e criam o programa “Querida Gente Branca” que satiriza uma série de situações vividas por eles no campus, quando pessoas brancas agem de maneira racista sem perceber.


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